O relatório “Alimentando a Economia de 2023” da MRI-Simmons, apontou que a indústria agrícola dos Estados Unidos é responsável por mais de US$ 576 bilhões de dólares em poder de compra dos 4,5 milhões de trabalhadores da indústria (incluindo aqueles com impacto direto, de fornecedores e indireto). Fazendo um recorte para o meio rádio no setor, o relatório mostra que 8 em cada 10 trabalhadores do setor preferem ouvir rádio AM/FM a outros formatos de áudio.

Segundo o levantamento, os trabalhadores agrícolas são grandes consumidores de áudio, sendo que metade deles se qualificam como grandes ouvintes. “O uso intenso de áudio pelos trabalhadores agrícolas é provavelmente reforçado pelo fato de que é uma mídia “em qualquer lugar” com fácil acesso durante seus dias agitados. Este grupo tem muito mais probabilidade do que o adulto americano médio de ouvir áudio no trabalho durante a semana (+89% ) e nos fins de semana ( +171% )”, reforça o relatório.

No cenário de áudio, os trabalhadores agrícolas preferem AM/FM. 8 em cada 10 sintonizam rádio, antes do streaming de áudio, podcasts e rádio via satélite. Quase dois terços ouvem streaming de áudio, que inclui transmissões AM/FM, bem como outros serviços de áudio. Como 53% dos agregados familiares dos trabalhadores agrícolas pagam por assinaturas destes serviços, é provável que uma boa parte desse streaming seja livre de comerciais. Portanto, o rádio AM/FM, tanto no ar quanto em transmissões de estações, continua sendo a melhor maneira para as marcas capitalizarem as oportunidades de anúncios de áudio para se conectarem com agricultores, produtores e pecuaristas. 

Ainda na análise, o relatório reforça que o rádio é um meio versátil para a comunidade agrícola, atendendo às necessidades de trabalho e lazer. Cerca de um terço dos trabalhadores agrícolas afirmam que a rádio é uma boa fonte de aprendizagem e que os anúncios radiofónicos lhes fornecem informações úteis sobre novos produtos e serviços.

Rádio lidera em consumo e colabora com o avanço dos podcasts nos EUA

O mercado de rádio norte-americano fechou a semana passada repercutindo uma pesquisa da Edison Research e da NPR sobre o consumo de conteúdo falado em formato de áudio. Esse ecossistema conta com formatos que vão do jornalismo, passam por esportes e também são de entretenimento/variedades. Segundo o levantamento, o Rádio detém a maior parcela de consumo, principalmente nos carros (em trânsito), mas vê um avanço significativo no consumo de podcasts, em especial nas residências norte-americanas. Porém, os próprios grupos de rádios dos EUA são determinantes para impulsionar esse crescimento do podcast. Acompanhe:

Cabe como nota o fato de que o rádio é um forte indutor desse ecossistema de podcasts. Recentemente a iHeartMedia alcançou liderança geral em consumo de podcasts, segundo ranking da Podtrac, repercutido pelo tudoradio.com em setembro passado. Os principais grupos de rádios dos EUA se especializaram como plataformas de streaming e audio on-demand (podcasts), o que também acabou revertendo em fortes receitas digitais para esses nomes. Existe um uso massivo e quase exaustivo das estações de rádio AM/FM na promoção de podcasts. O mesmo vale para a própria NPR, rede pública que é considerada uma referência na produção e distribuição de áudio on-demand.

Qual a razão de olhar para lá fora?

O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.

Com informações do Katz Radio Group