Uma análise recente feita por Pierre Bouvard, diretor de insights da Westwood One / Cumulus Media, com base em um estudo da Nielsen, destaca que a combinação de AM/FM rádio e soluções digitais constitui o plano de mídia mais eficaz para alcançar o maior número de consumidores, superando outras combinações que incluem TV e publicidade externa. O estudo, que integra insights de marketing de autoridades como Peter Field e Les Binet, enfatiza que o marketing deve focar em converter demanda existente e criar demanda futura, sendo que ambas as estratégias são igualmente importantes para o sucesso a longo prazo.

Pierre afirma que Les Binet, cabeça global de efetividade publicitária na adamandeveDDB de Londres, junto com seu parceiro de escrita Peter Field, explicam que a publicidade não se trata apenas de apresentar um anúncio e esperar uma compra imediata. Pelo contrário, ela cria uma memória que influencia futuras decisões de compra. Esta teoria é reforçada pelo estudo do Ehrenberg Bass Institute of Marketing Science, que mostra que apenas 5% dos consumidores estão ativamente buscando produtos a qualquer momento, destacando a necessidade de estratégias de publicidade que criem demanda futura e convertam a demanda existente.

Neste contexto, adicionar rádio AM/FM rádio a um plano de mídia que já inclui TV e digital pode aumentar o alcance em até 28% sem necessidade de aumentar o orçamento, oferecendo uma eficácia notável em termos de custo-benefício. Da mesma forma, integrar o rádio em campanhas digitais existentes pode duplicar o alcance. Estes dados demonstram que o rádio AM/FM não só amplia significativamente a cobertura demográfica, mas também aumenta a eficácia geral do plano de mídia.

O estudo mostra que, mesmo em planos digitais leves, a adição de rádio pode dobrar o alcance, reforçando a versatilidade e eficácia do rádio em qualquer combinação de mídia.

A análise também mostra a vantagem competitiva do rádio, já que o meio oferece uma conexão única e pessoal através de seus comunicadores no ar, construindo confiança e comunidade. A pesquisa “Share of Ear” de 2023 da Edison Research sublinha que o rádio possui 86% da audiência de áudio com publicidade dentro de carros, tornando-o um meio crucial para atingir consumidores no caminho para a compra. Através de sua capacidade de criar lembranças afetivas, o rádio prepara as marcas para serem as preferidas quando os consumidores decidem comprar.

Perspectivas futuras para marcas e anunciantes: rádio e digital deveriam ser prioridade nas estratégias

O futuro da publicidade, de acordo com a análise de Bouvard, envolve uma combinação equilibrada de eventos de vendas para capturar a demanda imediata e publicidade voltada para a construção de marca para garantir crescimento e lucratividade a longo prazo. James Hurman destaca que enquanto eventos de venda podem oferecer picos de vendas de curto prazo, a construção de marca sustenta um crescimento de vendas mais estável e duradouro. Segundo a Gain Theory, enquanto 18% do impacto do investimento em marketing é imediato, a maior parte (58%) se manifesta após seis meses, reforçando o valor de uma visão de longo prazo na publicidade.

Neste caso, a combinação de rádio AM/FM e soluções digitais emerge como a escolha estratégica superior para anunciantes que desejam otimizar o alcance e a eficácia de suas campanhas. Com o rádio atingindo audiências extensas e os meios digitais focados na conversão de interesse imediato em vendas, essa dupla não apenas cumpre os objetivos imediatos de marketing, mas também estabelece as bases para uma lealdade à marca robusta e duradoura.

E por qual razão olhar para lá fora?

O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.

Com informações do blog Westwood One / Cumulus Media e Nielsen