O ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, subiu ao palco do 24º Congresso da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert) para anunciar a revisão nas funções de radialista, "tão esperada pelos profissionais de radiodifusão". O político informou aos congressistas que montou um grupo de trabalho, o qual elaborou uma proposta de redefinição das atribuições, encaminhada à Presidência da República. O público de aproximadamente 100 pessoas aplaudiu, mostrando satisfação com a novidade.

"Dois endereços são fundamentais à dignidade humana: o de casa e do trabalho." A partir desta afirmativa, Nogueira defendeu as motivações para mobilizar a reforma trabalhista, aprovada em julho pelo Senado e sancionada pelo presidente Michel Temer. "A modernização desta legislação veio para proporcionar segurança jurídica às relações", pontuou, refletindo sua preocupação com contratos que sejam bons aos trabalhadores e empregadores.

Ainda, argumentou que as mudanças darão autonomia para que os empregados possam escolher a forma mais vantajosa de relação de trabalho. Durante sua fala, também aproveitou para negar que cogitou retirar o direito a férias e aumentar a carga horária. "Mentira é como gravidez, você não esconde por muito tempo", disse, garantindo que, se tiver de abrir mão de sua posição no ano que vem em razão disto, o fará, pois "não desistirei dos meus propósitos".

Com foco na geração de empregos, Nogueira informou que a reforma visa a combater o desemprego. Segundo ele, o Brasil registrou o fechamento de três milhões de postos de trabalho somente em 2016. "Prevemos dois milhões de vagas para os próximos dois anos. Perder emprego é do Brasil do passado."

Marcada para as 17h, a palestra se iniciou apenas às 18h30, devido à agenda apertada do ministro, que estava em evento em Passo Fundo. Antes de iniciar seu pronunciamento, Nogueira explicou as razões para o atraso e pediu desculpas pelo imprevisto.