
GOVERNO FEDERAL AUTORIZA MIGRAÇÃO DE 33 EMISSORAS DE RÁDIO AM GAÚCHAS PARA FM
Uma cerimônia realizada na tarde do dia 8, no Palácio Piratini, sede do governo do Rio Grande do Sul, marcou a migração de 33 emissoras de rádio AM gaúchas para a faixa FM. No evento, os proprietários e responsáveis pelas rádios assinaram o termo aditivo que adapta as outorgas de concessão e autoriza a mudança de frequência.
O documento também foi assinado pelo ministro de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, que participou da cerimônia. “Hoje, aqui no Rio Grande do Sul, nós encerramos um verdadeiro mutirão que foi feito com a nossa Secretaria de Radiodifusão para que pudéssemos fazer a promoção de dezenas de rádios a essa nova fase de transformação”, afirmou.
Kassab também ressaltou que aproximadamente 1,7 mil empresas em todo o país foram habilitadas para a mudança de frequência desde que se iniciou a fase de migração. “Estamos fazendo por estado porque fica muito mais fácil. Fazemos um mutirão, potencializamos, agilizamos os trabalhos, e assim vamos percorrer todo o Brasil”, disse o ministro.
Nos próximos meses, a migração de frequência do AM para a FM deverá ser adotada por um total de 102 emissoras em todo o Rio Grande do Sul, segundo previsão da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert).
Modernização
A migração de faixa das rádios para a FM foi celebrada pelos proprietários das emissoras que participaram da cerimônia no Palácio Piratini. O empresário Cláudio Zappe explicou que as emissoras de rádio AM precisam reduzir a potência de transmissão durante a noite. “Na faixa de FM é diferente, porque a potência é a mesma dia e noite, sem falar que a qualidade de transmissão é muito maior. É uma evolução fantástica.”
Zappe também disse que já havia percebido uma crescente interferência nas rádios AM, o que deve ser resolvido a partir da migração para a FM. Ele ressaltou que a modernização pode ser decisiva para garantir a continuidade das emissoras de rádio, que têm sofrido com a queda da audiência causada pelas novas tecnologias de comunicação. “É a salvação de emissoras que construíram a história do Brasil”, afirmou o empresário.
O presidente da Agert, Roberto Melão, também destacou a importância da migração para impedir a falência das empresas de rádio. “O setor financeiro das emissoras estava perdendo, o [rádio] AM estava deixando de existir e demitindo, essa é a realidade. Hoje, estamos renascendo para um novo momento na história do rádio gaúcho”, disse Roberto Melão.
Edição: Juliana Andrade