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Quinta, 28 de Agosto de 2025

Brasil oficializa a TV 3.0 com mais interatividade, qualidade e integração à internet

Nova tecnologia promete transformar a experiência da TV aberta no Brasil, com mais interatividade, qualidade de som e imagem, além de integração com a internet

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, assinou nesta quarta-feira (27), no Palácio do Planalto, o decreto que regulamenta a TV 3.0, considerada a nova geração da televisão aberta e gratuita no Brasil. A tecnologia promete transformar a experiência do telespectador, com destaque para interatividade, som e imagem em alta qualidade e maior integração com a internet.

De acordo com o Ministério das Comunicações, o novo padrão técnico representa um avanço significativo para a radiodifusão brasileira, colocando o país entre os líderes mundiais na modernização do setor. “A TV 3.0 simboliza a renovação de um compromisso histórico da radiodifusão com a informação, a cultura e a ética”, afirmou Raymundo Barros, diretor de Estratégia de Tecnologia da Globo e presidente do Fórum SBTVD, responsável pelo desenvolvimento da nova geração do sistema.

A principal inovação é a interface baseada em aplicativos. Com isso, as emissoras poderão oferecer conteúdos sob demanda, como séries, jogos e serviços, além da programação linear tradicional. O telespectador também poderá interagir com programas ao vivo, realizar votações em tempo real, acessar serviços de governo digital e até fazer compras diretamente do controle remoto.

O sistema adotado é o ATSC 3.0, que deverá ser confirmado como padrão oficial no decreto presidencial. A migração para a nova tecnologia será gradativa, priorizando inicialmente os grandes centros urbanos, a exemplo do que ocorreu na transição da TV analógica para a digital. A previsão é que a população já possa experimentar a TV 3.0 durante a Copa do Mundo de 2026.

Especialistas apontam que a TV 3.0 pode ajudar a reconquistar espaço perdido para as plataformas de streaming. Segundo Guido Lemos, professor titular da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e um dos responsáveis pelo sistema Ginga, os novos televisores virão com um catálogo de canais abertos na tela inicial, favorecendo a visibilidade da TV aberta frente aos aplicativos de vídeo sob demanda.

A presença de ícones das emissoras na primeira tela e no controle remoto representa uma reconquista para o setor. A TV 3.0 oferece uma experiência mais personalizada, integrando conteúdos ao vivo e sob demanda, o que pode reverter a perda de audiência observada nos últimos anos”, afirmou Marcelo Moreno, professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF).

O novo sistema também trará benefícios ao campo público. Com a Plataforma Comum de Comunicação Pública, emissoras educativas e de governo poderão oferecer seus conteúdos via internet, mesmo em áreas onde o sinal de antena não chega. A plataforma também permitirá o acesso a serviços públicos diretamente pela TV, fortalecendo a integração entre o Estado e a população.

Apesar do otimismo, dois desafios principais acompanham a implantação da TV 3.0: os custos para emissoras, com a aquisição de novos transmissores e licenças, e para os usuários, com a compra de conversores ou novos receptores. Além disso, o acesso à internet de qualidade ainda é restrito a parte da população. Segundo o Cetic.br, apenas 22% da população brasileira com 10 anos ou mais possui conectividade considerada satisfatória.

Mesmo assim, o avanço da infraestrutura e os projetos entre academia e setor privado devem viabilizar o acesso à nova tecnologia, garantindo que a TV aberta siga como um meio relevante de informação, cultura e entretenimento no país.

Com informações da Agência Brasil

Fonte: Tudo Rádio
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