Pouco a pouco vozes femininas foram conquistando espaço em um ambiente predominantemente masculino. Durante boa parte da sua história, apenas homens estavam à frente das locuções e hoje podemos observar um cenário completamente diferente. Em diversas emissoras de rádio e tv, é possível perceber um aumento do número de mulheres e não apenas em frente aos microfones e câmeras. Hoje, elas são líderes de equipes, produzem programas inteiros, estão nas ruas em busca de notícias, operam mesas de áudio, entre diversas outras funções.

A história da radiodifusão é parecida com a história das mulheres no rádio, pois em ambas a resiliência, persistência e força são observadas. A mulher sempre precisou provar seu profissionalismo, enquanto os homens apenas iniciavam. Devagar, elas foram conquistando o seu espaço, mostrando que teriam capacidade de trabalhar neste meio. Por isso, hoje é gratificante ver mulheres à frente de inúmeros programas, narrando futebol, cobrindo eventos esportivos de grande porte, como Copa do Mundo. No entanto, não é possível se acomodar com o cenário, pois sim, o número de mulheres é maior comparado ao início, mas a igualdade de gêneros ainda não é vista nas emissoras.

Sabemos que mulheres são seres fortes, com garra e que não desistem, porém, podemos auxiliar e promover o crescimento das profissionais femininas. Enquanto presidente do SindiRádio, luto para que esta igualdade seja conquistada e mais vozes femininas sejam ouvidas. Não apenas no rádio, mas também no ambiente de trabalho. Temos consciência de que esta luta é vigente, diária e que precisa do engajamento de diversos pontos diferentes, como sindicatos, setor público e privado.

A presença das mulheres na radiodifusão merece ser comemorado. A cada contratação feminina em uma rádio, a cada mulher designada para um trabalho importante, a cada programa apresentado por uma voz feminina o nosso meio cresce. Que a luta nunca seja esquecida, que possam ver a igualdade de gênero de perto e que mais vozes femininas sejam ouvidas.