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Arte com os dados principais da pesquisa encomendada pela World DAB e Xperi, relatados na matéria acima
Quarta, 25 de Mai de 2022

Rádio segue hegemônico em carros em países da América do Norte, Europa e Oceania

Desafio do setor é comunicar esse cenário positivo para os compradores de mídia. Panorama foi debatido durante o último NAB Show 2022

Análise - Cada dia aumenta as opções de mídia em veículos automotores. Mesmo assim, pesquisas recentes mostram que o rádio AM/FM e digital segue hegemônico nesses ambientes. E isso é percebido em diferentes mercados internacionais, como Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Austrália. Os dados são de uma pesquisa encomendada pela World DAB e os resultados foram discutidos em painel do Radio Show 2022, co-realizado com o NAB Show 2022, realizado no mês passado em Las Vegas (EUA). Para os executivos do setor, o desafio é comunicar corretamente ao mercado esse cenário positivo do rádio.

A pesquisa, que foi encomendada pela World DAB em parceria com a plataforma de rádio do Reino Unido Radioplayer e patrocinada pela NAB (National Association of Broadcasters), CRA (Commercial Radio Australia) e Xperi, descobriu que, entre os países analisados, os maiores valores de consumo do rádio AM/FM e digital estão nos mercados europeus, com destaque para a França. E o menor valor está nos Estados Unidos, porém lá há uma divisão maior com o rádio via-satélite (SiriusXM) e com o streaming de rádio.

A liderança do consumo de rádio em automóveis: 71% na França, 69% na Alemanha, 68% na Itália, 66% na Austrália, 61% no Reino Unido e 45% nos Estados Unidos. Em todos os casos, a liderança do rádio AM/FM/digital é ampla, bem superior aos valores do segundo colocado em consumo em cada uma das localidades. Uma observação importante: neste caso, o digital não é o streaming, mas, sim, a transmissão digital via ondas terrestres (DAB+ na Europa e Austrália; HDRadio nos EUA). 

Mais observações são necessárias: não é possível comparar de forma simplória os percentuais de liderança do rádio entre os países. O motivo é a diferença grande de cenários do rádio em cada localidade. Exemplo: nos Estados Unidos há um maior consumo de streaming de rádio nos automóveis e uma divisão com o rádio via-satélite. Na França, a digitalização via DAB+ não está tão adiantada como no Reino Unido ou na Alemanha, mas deve avançar de forma significativa após a obrigatoriedade da presença da nova tecnologia nos automóveis no bloco europeu.

Feitas as considerações, é difícil considerar que o rádio não seja hegemônico nos automóveis. Os números mais recentes comprovam isso. Porém, por algum motivo que a indústria de rádio debate até a exaustão, é o fato de os compradores de mídia não enxergarem esse cenário. E infelizmente não é só neste caso: também possuem percepções equivocadas sobre qual formato de áudio que carrega mais publicidade e também o consumo do rádio em outros dispositivos, assim como seu alcance.

No painel sobre o assunto realizado em Las Vegas, com o nome de “Life in the Fast Lane”, moderado pela CEO da Hubbard Radio, Ginny Morris, foram incluídas também descobertas do “The 2021 Car Buyers Study” conduzido pela Edison Research e já repercutido pelo tudoradio.com. No levantamento, mais de nove em cada dez participantes da pesquisa nos EUA que ouvem rádio no carro concordam com a afirmação “o rádio faz companhia no carro” e 87% concordam que “você sentiria falta de suas estações de rádio favoritas se não pudesse recebê-las em seu carro/veículo”. Além disso, 89% concordam que “o rádio deve ser padrão em todos os veículos”.

Também foi consenso que o rádio precisa acompanhar a evolução dos infoentrerenimento dos veículos, conforme também já destacado pelo tudoradio.com. O portal também chegou a publicar um artigo sobre a situação brasileira, onde há um apelo para que o setor se aproxime das montadoras, na tentativa de continuar oferecendo a melhor experiência de rádio nos automóveis.

E por qual razão olhar para lá fora?

tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.

Com informações do portal Inside Radio, Edison Research e Xperi

Fonte: Tudo Rádio
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