A Radiodifusão na era da Convergência Digital
Desde o início da sua existência, o rádio foi marcado por mudanças. Para que se mantivesse como um dos veículos mais consumidos, sofreu alterações técnicas e de linguagem. O rádio, que sempre foi sinônimo de instantaneidade, com a popularização da internet e a rapidez do consumo dos conteúdos, se viu atrasado. Precisou se reinventar novamente. As mudanças e adaptações ocorrem há décadas. Não é à toa que segue sendo um dos veículos mais consumidos, porém, hoje em dia, de algumas formas diferentes.
A convergência digital não é mais o futuro, ela é o presente. Chegou para ficar e, com certeza, trazer mais qualidade ao nosso trabalho. Com a popularização da internet e o início das rádios digitais, a radiodifusão ganhou novos ouvintes e aumentou a interação do locutor com o ouvinte. Hoje, os veículos possuem redes sociais onde a comunicação é infinita. Foi através da tecnologia que passamos a ouvir rádios de outros estados. A internet tirou os limites que existiam na nossa comunicação.
Ainda há dúvidas a respeito da existência da radiodifusão. Vai acabar? As pessoas não ouvirão mais rádio? Como radialista e presidente do SindiRádio, tenho plena convicção que o que mantém o jornalismo vivo é o conteúdo de qualidade. Se é possível melhorar o conteúdo usando a tecnologia, o rádio além de manter-se vivo, se manterá vibrante!
Por mais que a era digital seja o nosso presente, a maneira como ela existe hoje, daqui há dois anos, já será passado. Isso quer dizer que nossa evolução sempre será contínua. Novos métodos irão surgir, a comunicação irá se reinventar e nós também. Talvez não seja possível afirmarmos muito sobre o futuro da tecnologia, mas da comunicação e da informação de qualidade não há dúvidas: ela perdura e persiste. É a partir dessas informações, que lemos todos os dias, que compartilhamos agora mesmo nesse texto, que sabemos sobre o mundo. O futuro está cada vez mais na palma da mão. Mas quem vai levar ele até lá, somos nós.